Caso Miguel: Sari e testemunhas de defesa foram ouvidas em última audiência de instrução

Caso Miguel: Sari e testemunhas de defesa foram ouvidas em última audiência de instrução

Aconteceu na manhã desta quarta-feira (15), a audiência de instrução sobre a morte de Miguel Otávio, de 5 anos, que morreu após cair do 9° andar de um edifício de luxo, localizado na área central do Recife. Pela primeira vez, a ex-primeira dama de Tamandaré, Sari Corte Real prestou seu depoimento sobre os fatos ocorridos no dia 2 de junho de 2020.

Acusada pelo Ministério Público de Pernambuco por abandono de incapaz, Sari chegou ao no Centro Integrado da Criança e do Adolescente (CICA), no centro do Recife, por volta das 8h40 e foi ouvida por cerca de uma hora.

No depoimento, Sari disse que deixou o menino porque precisava voltar para o apartamento para cuidar da filha dela e, por isso, não conseguiu mais dar atenção a Miguel.

“O próprio corpo da acusação diz que Sarí tentou por cinco minutos convencer a criança a sair do elevador e voltar pro apartamento. Cinco minutos é uma eternidade. Ele [Miguel] sai de um elevador para outro e Sarí vai atrás”, declarou Célio Avelino, advogado de defesa.

A defesa disse ainda, que a morte de Miguel foi um “acidente”.

Presente audiência, a mãe da criança, Mirtes Renata concedeu uma entrevista coletiva, e elogiou a condução do juiz e criticou a ex-patroa. Mirtes, disse que a narrativa usada por Sari omitiu vários pontos, e disse que “foi revoltante ouvir as mentiras calada”.

Disse ainda que a estratégia usada pela defesa foi tirar a culpa da ex-primeira dama de Tamandaré e colocar nela.  “Questionaram a minha educação, a educação que eu dava ao meu filho, que minha mãe dava. Eles falam de uma forma como se eu fosse a pior mãe do mundo. Se eu fosse a pior mãe do mundo, eu não estaria aqui lutando para que ela seja responsabilizada pela morte do meu filho”, disse.

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Sarí e duas testemunhas de defesa foram ouvidas, nesta quarta. A audiência, marca o final da fase de instrução. Agora, acusação e defesa precisam apresentar as suas alegações finais sobre o caso e só depois o juiz tomará uma decisão.

A ex-patroa de Mirtes, responde um processo por abandono de incapaz que resultou em morte, com agravantes de cometimento de crime contra criança e em ocasião de calamidade pública (pandemia da Covid-19).

 

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